Acontecimentos passados

Acontecimentos do passado

1419 – Guerra dos Cem Anos: Ruão rende-se a Henrique V da Inglaterra, reconquista da Normandia.

1839 – Nasce Paul Cézanne, pintor francês, considerado como pai da arte moderna (m. 1906).

1883 – O primeiro sistema de iluminação elétrica usando fios suspensos, construído por Thomas Edison, começa a funcionar.

1915 – Georges Claude patenteia o tubo de néon para uso em publicidade.

1923 – Nasce Eugénio de Andrade, escritor português (m. 2005).

1945 – Segunda Guerra Mundial: as forças soviéticas libertam o gueto de Lodz. Dos mais de 200.000 habitantes em 1940, menos de 900 sobreviveram à ocupação nazista.

1946 – Proclamada pelo general Douglas MacArthur a criação do Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente em Tóquio para julgar os crimes de guerra japoneses.

1960 – Japão e os Estados Unidos assinam o Tratado de Cooperação Mútua e Segurança.

1978 – O último exemplar do Carocha sai da linha de montagem da Volkswagen em Emden. A produção do carro na América Latina continua até 2003:

1982 – Morre Elis Regina, cantora brasileira (n. 1945).

1983 – Anunciado o Apple Lisa, o primeiro computador pessoal comercial da Apple Inc. a ter uma interface gráfico do usuário e um rato:

1993 – A Eslováquia e a República Checa tornam-se estados-membros da ONU.

2006 – Lançamento da sonda espacial New Horizons da Estação da Força Aérea do Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), com a finalidade de explorar o planeta Plutão e seus satélites.

2007 – Morre Fiama Hasse Pais Brandão, escritora, poetisa, dramaturga e tradutora portuguesa (n. 1938)

Fui Criança”     

Fui criança, indo por um carreiro,

a caminho do mar, mão na outra mão,

entre árvores, pedras, insectos e aves.

Toda a Natureza me coube nas pupilas,

mestra de sentimentos, e eu discípula.

E, se fechava os olhos, ela punia-me

com o silêncio cruel das ondas,

a mudez imerecida dos insectos,

e a distância das aves, que doía.

e os abria, tudo me rodeava,

apaziguado e meu,

mas a mão que me trazia a mão

puxava-me para a luz de cada dia

2012 – Megaupload, um site de compartilhamento de arquivos com sede em Hong Kong, é fechado pelo FBI.

E, para quem gosta de História de Portugal, fica um pouco:

A tragédia da gripe pneumónica:

No fim da Grande Guerra, a gripe pneumónica – também chamada de Gripe Espanhola – matou milhares de pessoas. Esta foi mais fatal que a Peste Negra, sendo a maior pandemia mundial. Em Portugal a gripe chegou em maio do ano anterior, mas já dizimara centenas a meio de fevereiro. Certas zonas do país perderam 10% da população.

 A Monarquia do Norte:

Um dos acontecimentos mais marcantes do ano de 1919 em Portugal foi, sem dúvida, a Monarquia do Norte. Esta contrarrevolução, ocorrida no Porto a 19 de janeiro, foi levada a cabo pelas forças opositoras da República, apoiantes da Monarquia e lideradas por Paiva Couceiro.

A um mês do assassinato de Sidónio Pais, Paiva Couceiro liderou um golpe militar que visava instaurar a monarquia em todo o país. Contudo, conseguiu-o apenas no Norte, sendo o seu centro no Porto, que foi capital por 25 dias.

A Monarquia do Norte foi curta, mas dramática: a população dava vivas e estava em êxtase. Depois de dois regimes falhados, o regresso da monarquia parecia uma salvação, no Porto colocavam-se bandeiras no chão para que as pessoas pisassem, e os monárquicos juravam servência ao ex-Rei D. Manuel II.

A Junta Governativa, com sede no Porto, começou logo a legislar, tentando por tudo apagar a República. Foi substituído o hino, a moeda – voltando-se ao real – e a bandeira. O Porto passou então a ser a capital de Portugal. Os republicanos atacaram a Monarquia do Norte: começaram a 27 de janeiro por Águeda, tomando Lamego a 10 de fevereiro, Estarreja a 11, e Oliveira de Azeméis e Ovar a 12.

A guerra civil entre monárquicos e republicanos terminou com a vitória destes a 13 de fevereiro, no Porto. Diz-se que o Sargento Pimentel estava doente com gripe, mas mesmo assim levantou-se para restaurar a República. Acabava, assim, a monarquia de 25 dias, e a capital voltava a ser Lisboa.

Durante os meses seguintes à reinstituição da República, o governo sofreu muitas alterações e muitas mudanças aconteceram pelo verão de 1919:

  • Assinou-se o Tratado de Paz com a Alemanha.
  • Foi reconhecida a República Portuguesa pelo Papa Bento XV.
  • Aprovou-se o Princípio de Dissolução – faculdade conferida ao Presidente da República de dissolver o Parlamento.

Por hoje deixo-vos, desejando a continuação de boa semana e boas leituras.

Até breve

                      Diretora Executiva da Cesviver

                                Rosa Maria Duarte