CESVIVER recorda Júlio Dinis

CESVIVER recorda Júlio Dinis

Realizou-se a primeira sessão deste ano letivo, no âmbito do tema “UM LIVRO, UMA COMPANHIA”, no dia 12 de outubro 2021.

A tarde desta terça-feira começou com a audição de fados na voz de Amália Rodrigues, fadista que celebraria 100 anos.

Ainda se visionou temas  musicais e cenários relacionados com o romance “As Pupilas do Senhor Reitor” para que, as participantes presentes, se situassem naquela época.

Celebrou-se este ano os 150 anos da morte do escritor Júlio Dinis, ocorrida a 12 de setembro de 1871. O escritor foi homenageado na Feira do Livro do Porto 2021 como “O autor portuense que tão bem retratou as vivências da segunda metade do século XIX em Portugal, e particularmente no Porto”, sua terra natal.

Para além desta, outras formas de homenagear o escritor se encontram no nosso país tais como: monumentos, estátuas, estabelecimentos de ensino e também nome de ruas.

Nesta sessão na CESVIVER, fez-se referência à vida e obra de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, médico, escritor e professor que no período mais brilhante da sua carreira literária usou o pseudónimo de Júlio Dinis. Para além deste também usou Diana de Aveleda, foi com este pseudónimo que assinou as suas primeiras obras, pequenas crónicas no Diário do Porto, pequenas narrativas ingénuas como «Os Novelos da Tia Filomena» e o «Espólio do Senhor Cipriano», publicados em 1862 e 1863, respetivamente e ao nível das publicações periódicas, também se encontram colaborações suas nas revistas Semana de Lisboa (1893-1895) e Serões (1901-1911).

Dedicou-se à escrita com 17 anos com a comédia “Bolo Quente” e em 1857 escreve o seu primeiro poema “Sonho ou Realidade?”. Escreveu tendo em conta os princípios e valores do mundo pelo prisma da fraternidade, do otimismo, dos sentimentos sadios do amor e da esperança.

Foi considerado o escritor da 3ª geração do romantismo e o prenunciador do realismo em Portugal; criador do “Romance Campesino” onde as suas personagens eram pessoas com quem contactou ou viveu na vida real; autor bastante versátil destacando-se da sua obra poesias, peças de teatro e, sobretudo, romances; conhecido como o mais «suave e terno romancista português, cronista de afectos puros, paixões simples, prosa limpa».

Foi feita alusão ao nome  e apresentação de diferentes obras deste autor.

 

Procedeu-se à leitura de poemas do autor: A Esmola do Pobre, Morena, És Bela e  Visão (pode ler-se na galeria).

Terminou-se a sessão visionando parte do filme português “As Pupilas do Senhor Reitor” Cinema Português.

Houve interesse e participação das aderentes, ora por não terem conhecimento, ora por completarem aos que já tinham.

Rosa Duarte

Júlio Dinis e a sua obra

Morena-Poema musicado em 2000


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