Visita aos Cafés Delta
Categoria :Visitas
Almoço gostoso no hotel Sta Beatriz. E regresso ao Empreendimento Nabeiro para visitarmos os cafés Delta na parte da tarde.
No espaço dos cafés, tudo está organizado como uma grande montra para o visitante ficar a saber o essencial sobre o café, sua origem, exploração no campo (sempre em territórios abaixo da linha do Equador), comércio mundial, diferenças entre o robusta (intenso e forte) e o arábica (mais ácido e aromático). Existe ainda o moca, que é uma degenerescência genética na floração em que o grão vem sozinho e mais pequeno em vez de emparelhar com outro grão.
Naquele amplo espaço, até vemos um grande compartimento em que se criou um clima adequado à criação e desenvolvimento do café, com temperatura e humidade próprias. Em Angola, eu vi plantações de café por baixo de grandes árvores que lhes davam sombra e humidade. A explicação está dada agora!
Vimos borboletas e colibris, agentes importantes na fecundação das flores do café, que duram poucos dias. Olhámos para os sacos de muitos quilos, de serapilheira, que ainda hoje se usam no transporte. Ficámos a saber que o café deve ter vindo da Etiópia para a Arábia e o seu nome árabe originário significa “vinho”.
É no séc. XVIII que em Portugal se dissemina o hábito de beber café nos salões, de mistura com a cultura, as artes e o convívio social. Também foi no séc. XVIII que se estendeu a sua cultura ao Brasil, sendo hoje o maior produtor mundial, como se vê num foto.
Na visita, pudemos ainda ver grande exposição de artefactos (moinhos, máquinas…) ligados ao café, que também são importantes na qualidade do produto final. E sentimos os cheiros e os gostos do café, entrando numa máquina simuladora da torra, que vai originar mais ou menos cafeína.
Sabem o que é um barista? Pois nós também não sabíamos, mas foram dois simpáticos baristas que nos prepararam os vários tipos de café que experimentámos; curto, cheio (com mais cafeína), cappuccino, mokkaccino, grão maior, lemon aroma, etc, etc…. Há também outras bebidas frias com café que os baristas (artistas do bar) prepararam…
Muito mais se podia dizer, mas o melhor é fazer a visita a este grande espaço museológico onde até de contrabandistas se fala. A nossa visita coincidiu com o 88.º aniversário do Comendador Rui Nabeiro, alma, coração e corpo deste grande projeto, a quem saudamos e desejamos mais saúde e ainda muitos anos de vida.
Valeu mesmo a pena. Tudo bem organizado, e todos a colaborar para a harmonia do encontro.
E viva a Cesviver, que ao longo do ano reúne as pessoas e prepara estas viagens.
Para quem usa a Internet, pode satisfazer a curiosidade com o link: Delta Cafés
AH
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