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Abertura do Ano Letivo 2020-2021

Categoria :Cesviver

Oficialmente a abertura das atividades do projeto CESVIVER do ano letivo 2020/2021, teve lugar na quinta-feira, dia 29 de outubro, numa cerimónia muito reservada.

Estiveram presentes, como nossos convidados: pela Câmara Municipal do Seixal, a Vereadora do Pelouro da Cultura, Participação, Habitação, Juventude e Desenvolvimento Social, Sr.ª Dr.ª Manuela Calado; pela Junta de Freguesia da Amora, o Presidente Sr. Manuel Araújo; a Professora Maria de Lourdes Mano, orientadora de sessões no âmbito da literatura e arte. Ainda estiveram na sessão, representantes das utentes/aderentes, membros da Comissão Executiva da CESVIVER e voluntárias.

Após ter cumprimentado e agradecido a presença de todos, foi dada a palavra à Professora Inocência Bolas que depois de cumprimentar os presentes e fazer alusão aos 18 anos da CES, ocorridos no dia anterior, justificou a ausência do Presidente Professor Jaime Ribeiro. A professora Inocência Bolas assinalou ainda a continuidade do projeto CESVIVER. Referiu-se às condições a que estamos sujeitos e ressalvou que tudo se fará para que quem vier à CES, cumprindo as regras impostas pela D.G.S., se sinta seguro apesar da consciência dos riscos. Salientou ainda que estas atividades têm como finalidade colmatar o isolamento e proporcionar a interação através de momentos de cultura e diversão.

Foi dada a palavra aos representantes das autarquias, Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Amora e Sr.ª Vereadora da C.M.S. que agradeceram o convite, mencionaram a situação de pandemia que atravessamos e disponibilizaram o seu apoio a este projeto.

Foi com muito agrado que se ouviu a Sr.ª Vereadora Dr.ª Manuela Calado dizer que se sentia muito bem naquele espaço, que nele havia uma boa energia fazendo-a querer regressar sempre que fosse convidada, pois sentia estima pelo projeto CESVIVER. Foram feitos votos de muitas felicidades à CESVIVER e a todos os presentes.

A professora Maria de Lourdes Mano, convidada pela Diretora Executiva da CESVIVER como representante dos orientadores/dinamizadores de atividades ao longo do ano letivo 2019/2020 e do primeiro período de 2020/2021.

Toda a sua apresentação poderá ser lida, na íntegra, no fim deste artigo.

Para finalizar o programa ouvimos a leitura do poema “Rosa de Outono” de Nuno Júdice, pela Sr.ª D. Isabel Franganito.

Em modo de jogral, as Sras. D. Céu Machados, D. Filomena Miguel e D. Palmira Raposo leram quadras e tercetos que passo a transcrever:

Abertura 2020-21Antes de darmos por encerrada a sessão, foi distribuído, como recordação deste dia, um marcador de livro.

Ainda se ouviu a Sr.ª Vereadora Dr.ª Manuela Calado enalteceu o trabalho apresentado pela professora Maria de Lourdes Mano, desejou-lhe as maiores felicidades e agradeceu. Também dirigiu o seu agradecimento às senhoras que fizeram apresentações poéticas.

Estávamos já de saída quando o Presidente da CES, professor Jaime Ribeiro, apareceu para cumprimentar a assistência e explicar o motivo da sua ausência – obras das futuras instalações da Unisseixal.

Em meu nome e em nome dos membros da CESVIVER agradeço a presença e a participação dos convidados e de todos os presentes. Muito obrigada Sr. João Correia, pela sua colaboração como fotógrafo ao longo destes anos.

Rosa Maria Duarte

 

Apresentação da Professora Lourdes Mano

Ex.mos Senhores,

Dignos representantes da Casa do Educador, da Cesviver e Unisseixal, da Câmara Municipal, Junta de Freguesia, outras Entidades e todos os restantes amigos aqui presentes nesta cerimónia restrita, mas bem representativa das entidades com as quais a CESVIVER contacta. Num primeiro apontamento, felicito a Casa do Educador do Seixal pela celebração dos 18 anos de excelente trabalho em prol de todos nós e da Comunidade.

Por solicitação da Sr.ª. Directora Executiva da CESVIVER, Profª. Rosa Maria Duarte, encontro-me nesta cerimónia como representante de todos os colegas e amigos que no decurso do ano lectivo 2019/2020 orientaram as múltiplas temáticas das sessões semanais deste importante projecto de solidariedade da Casa do Educador.

Todos nós estamos muito gratos à Profª. Rosa Duarte por se lembrar das nossas pessoas propiciando-nos, a par de um fraterno, salutar e profícuo convívio semanal, a enorme alegria e prazer de colaborarmos como voluntários, usufruindo também desta Família que é a CESVIVER. Querida amiga Profª. Rosa Duarte, em nome de todos os colaboradores expresso a nossa gratidão e um grande bem-haja por tudo, incluindo o facto de nos conceder sempre inteira liberdade nos conteúdos programáticos que sugerimos ao prepararmos o ano lectivo.

De igual modo, e uma vez que me foi solicitado também que falasse de «Um Livro, Uma Companhia», aproveito este momento para lhe agradecer publicamente por me conceder a oportunidade de orientar atividades, quer no âmbito das Artes Plásticas onde,  a par do que se passa internacionalmente, realçar sempre a Arte e os Artistas Portugueses, quer no âmbito da Literatura, dinamizando as sessões de «Um Livro, Uma Companhia», contrato-programa apoiado pelo Pelouro da Cultura, Participação, Habitação, Juventude e Desenvolvimento Social da Câmara do Seixal, “projecto” este que considero bem enriquecedor, estimulante e conducente a diversos aspectos fundamentais para a continuidade do desenvolvimento de capacidades nas várias dimensões, sem esquecer o equilíbrio bio-psico-social de todos nós, idosos.

Ao falarmos da Leitura e da sua validade, todos conhecemos os inúmeros benefícios e competências que esta actividade intelectual e, simultaneamente lúdica, propicia nas diversas fases do crescimento. Estamos conscientes dos resultados de muitos estudos efectuados, também na área da Gerontologia e, mais especificamente na Gerontologia Social, que enunciam o alto valor da leitura na nossa faixa etária.

Incentivar que nós, os idosos, continuemos a manter o bom hábito de ler, é estimular o cérebro, é saber cuidar do nosso lado emocional, consequentemente, saber expressar melhor sentimentos e emoções; é desenvolver a imaginação, o raciocínio; é conseguir ocupar a mente, mantendo-a activa, viva; é sentirmo-nos mais acompanhados, logo, menos sós; é elevar a nossa auto-estima; é atenuar os efeitos do envelhecimento e ajudar na prevenção de doenças neurológicas degenerativas da mente e do corpo.

Está provado cientificamente que, além de todos os benefícios que referi, o acto de LER diariamente é um exercício mental importante para que, independentemente da idade já um pouco avançada, é possível ainda o nascer de novos neurónios.

Então, os livros são muito mais do que páginas com meros caracteres e palavras. São portas e janelas enormes, abertas, por onde entra uma grande lufada de conhecimento, diversão, prazer, sonho e o reavivar de memórias se torna tão significativo, tão importante para nós.

Enquanto dinamizadora deste magnífico “projecto” «Um Livro, Uma companhia», foi preocupação minha também, celebrar a Poesia e conceder-lhe um lugar especial, já que os textos são de leitura fácil, não muito extensos, por isso mesmo, facilitadores do nível de atenção e concentração. A Poesia permite a construção de símbolos e metáforas onde o ritmo, o som, a harmonia da palavra está presente, e as emoções são tratadas de modo especial… Um livro de poesia é para ser lido com calma, saboreando cada verso, tentando relacioná-lo com as vivências pessoais e, voltando a reler depois de um tempo.

Cito o poeta e dramaturgo espanhol do séc. XVI, Lope de Vega:

«A poesia é a pintura dos ouvidos, assim como a pintura é a poesia dos olhos».

José Saramago, o nosso Nobel da Literatura deixa-nos esta reflexão:

«Eu pergunto o que seria de todos nós se não viesse a poesia ajudar-nos a compreender quão pouca claridade têm as coisas a que chamamos claras.»

O grande poeta argentino Juan Gelman, Prémio Cervantes 2007, diz:

- «Aí está a poesia. De pé contra a morte, porque a poesia salva.» Também é dele a seguinte frase: «A memória é o sustentáculo de toda a Arte».

O filósofo e pedagogo suíço Jacques de Coulon, cuja presença em Lisboa ainda está na nossa memória, autor de livros como, «Sejamos Poetas da Nossa Vida» e «Exercícios Práticos de Poesia-Terapia», Jacques de Coulon afirma que a magia das palavras tem um efeito terapêutico e são um veículo prodigioso para nos conhecermos melhor.

Voltando ao “projecto” «Um Livro, Uma Companhia», o ano lectivo de 2019-2020 foi particularmente especial porque nos concedeu a feliz oportunidade de celebrarmos e recordarmos, aqui na CESVIVER, grandes vultos da Literatura Portuguesa que nasceram há 100 anos.

Foi este um dos principais motivos porque não orientei as sessões de «Um Livro, Uma Companhia» com um único autor e uma única obra literária, ao longo de um ano lectivo.

Assim, celebrámos o centenário do nascimento dos magníficos:

-  Fernando Namora – em prosa, mas também em poesia. (Como nos divertimos com a leitura do conto «Dois Ovos ao Fim da Tarde» cuja história é uma homenagem do escritor ao seu grande amigo Luís Dourdil e que nos levou a conhecer um pouco melhor este grande artista plástico.)

Seguiu-se a excelência de Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen celebrados também através da Poesia.

Não poderíamos esquecer outra data importante e o grande neo--realista Alves Redol e o romance «GAIBÉUS».

Muito recordámos e aprendemos na Visita de Estudo ao Museu do Neo-Realismo, visitando as exposições «E não sei se o Mundo nasceu» - em homenagem a Fernando Namora e,

«Raízes de uma colecção: Alves Redol e (seus) ilustradores» - visando celebrar os 80 anos da publicação do romance «Gaibéus» e recordar os 50 anos da morte deste grande escritor e Homem do Teatro.

Nem podíamos esquecer também o magnífico e tão premiado Nuno Júdice e a sua brilhante poesia, assim como, a magistral Maria Teresa Horta, uma das mais conceituadas poetas da Moderna Poesia Portuguesa e o livro histórico «Novas Cartas Portuguesas» que, como estão recordados, marcou a nossa geração.

Recordo que, mal este livro chega às livrarias, em 1972 - e porque Natália Correia foi a única que teve a enorme coragem de o editar - foi retirado pela PIDE e levantado um processo às três escritoras - Mª. Isabel Barreno, Mª. Teresa Horta e Mª. de Fátima Velho da Costa - processo por pornografia, obscenidade e atentado à moral pública. Foi há 48 anos!

Curiosamente, as «Novas Cartas Portuguesas» tornou-se na obra literária mais aclamada e conhecida internacionalmente como o «livro das três Marias» por quem, ainda em 1972, as escritoras Simone de Beauvoir, Margarite Yourcenar e Christiane  de Rocheford, muitos outros escritores, artistas, e muitas outras feministas, tanto em França como até nos Estados Unidos, se “bateram” junto das embaixadas de Portugal, organizando manifestações e empunhando grandes cartazes, insurgindo-se contra a ditadura, repressão e censura em Portugal.

E o governo de Marcelo Caetano tremeu com tal escândalo…

Felizmente que tudo terminou com o 25 de Abril.

A título de curiosidade refiro que as «Novas Cartas Portuguesas» foi a obra literária seleccionada, no passado dia 29/Junho, para representar Portugal na bibliografia recomendada, como leitura das férias de Verão, pelo projecto «Leitores da Europa» em cooperação com a Biblioteca do Conselho da União Europeia.

Voltando à programação da CESVIVER no âmbito de «Um Livro, Uma Companhia»: já na próxima semana recordaremos José Saramago e os dez anos da sua ausência física mas sempre presente em nós, até porque o magnífico «Memorial do Convento» é  o ponto de referência para a Visita de Estudo programada  a Mafra mas, devido à situação grave e delicada que o País e o mundo estão a viver,  esta visita far-se-á numa melhor oportunidade.

Em todas as sessões de «Um Livro, Uma Companhia», houve a preocupação que os participantes lessem. No decurso das sessões, eram oferecidas folhas A4 com textos em prosa ou em verso, textos cuidadosamente ilustrados com obras plásticas de artistas portugueses.

Este magnífico “projecto”, propiciou-nos também a criação de uma pequena Biblioteca da CESVIVER, constituída por vários dossiers e livros, quer com textos em prosa, quer com poesia, de acordo com os vários escritores e poetas dinamizados, tanto no ano lectivo de 2018/2019, como em 2019/2020.

É já um bom conjunto de obras criteriosas, com temas diversificados para todas as sensibilidades e estéticas, sempre ao dispor de quem deseje usufruir do enorme prazer de LER.

Antes de terminar, não posso deixar de expressar uma palavra de profunda admiração, respeito e amizade, à nossa querida amiga e Directora Executiva da CESVIVER, Profª. Rosa Maria Duarte, pela sua enorme coragem,  determinação e ânimo, bem patentes ao retomar as actividades semanais aqui, na CESVIVER, propiciando a todos nós, idosos, um espaço de aprendizagem, convívio salutar, mitigando as grandes saudades que todos sentíamos de todos, dos convívios fraternais, da amizade, dos afectos, os quais nos dão segurança e ajudam a atenuar e a serenar  os nossos corações perante estes tempos difíceis, gravosos e incertos que o mundo vive.

Cardeal MendonçaCito o nosso Cardeal e poeta e teólogo e, agora arquivista na Biblioteca e Arquivo Apostólicos do Vaticano, uma das vozes mais originais da Literatura Portuguesa Contemporânea, D. José Tolentino de Mendonça, cuja mensagem se adequa perfeitamente a este belo projecto de solidariedade que é a CESVIVER:

- «Nós adoecemos da ausência de amigos. O olhar de um amigo é uma âncora. A ela nos seguramos em estações diferentes da Vida para receber esse bem inestimável de que temos absoluta necessidade e que, verdadeiramente só a amizade nos pode dar: a certeza de que somos acompanhados e reconhecidos. Sem isso a Vida é uma baça surdina destinada ao esquecimento. É de vida partilhada que as nossas vidas se alimentam.»

Querida amiga Profª. Rosa Duarte, muitos parabéns e o nosso profundo bem-haja pelo seu coração generoso, pela sua força, coragem, determinação e ânimo em retomar estes excelentes e tão necessários encontros semanais da CESVIVER.

Para todos vós, queridos amigos aqui presentes nesta cerimónia, o meu agradecimento pela vossa enorme atenção e disponibilidade em ouvir-me.

Votos de boa saúde e dias felizes para todos.

Lourdes Mano – 29 Out. 2020   


18º Aniversário da Casa do Educador

Categoria :Comemorações

          Caras associadas/caros associados

Iniciou-se oficialmente há 18 anos a caminhada que nos irá levar longe e que tem no momento presente um porto de passagem.

De facto, no dia 28 de Outubro de 2002, em cartório notarial, foi constituída a Casa do Educador do Concelho do Seixal, após algum tempo de preparação e de elaboração.

Pretendeu, o Grupo Pró-Associação, dar resposta a um problema que, imagine-se, na altura já se considerava premente e que era o da resposta social ao envelhecimento da população, mais especificamente dos profissionais da educação. A intenção era a de ser construída uma estrutura que respondesse às naturais necessidades do período da vida em que os associados da futura Casa do Educador pudessem usufruir de uma situação de aposentação condigna e apoiada.

Como é sabido, o objectivo inicial, passados estes dezoito anos, ainda não foi atingido, pois a Residência imaginada não está ao dispor dos sócios da CES; mas outros foram sendo criados, procurando-se que a Casa do Educador desse resposta a outras necessidades da população local. É o caso da CESVIVER e da UNISSEIXAL, que, tentando satisfazer os habitantes do concelho, têm realizado um trabalho exemplar e de inequívoca utilidade na nossa região.

É nessa actividade que se inserem os trabalhos em curso para a construção das novas instalações da Universidade Sénior, que esperamos estarem ao nosso dispor em Setembro de 2021. De facto, é um salto qualitativo importante aquele que será dado a partir desse momento, pois, com salas novas e mais espaçosas, um maior número de aposentados do concelho poderá usufruir dos serviços colocados à sua disposição por esta valência da Casa do Educador.

Naturalmente que não podemos deixar de referir o momento presente, que tem levantado problemas logísticos e financeiros inesperados para a prossecução dos objectivos gerais da CES e particulares da CESVIVER e da UNISSEIXAL. De facto, e quando no ano transacto se tinha ultrapassado os 800 alunos na Unisseixal, actualmente temos cerca de 270, o que é um número inimaginável, considerando a marcha que parecia imparável que a nossa Universidade tem tido ao longo dos últimos anos.

Todavia, e como referíamos no início, estamos apenas num porto de passagem.

A Casa do Educador do Concelho do Seixal tem os sócios e os dirigentes que permitirão que o momento presente seja um parêntesis na caminhada que iremos prosseguir. Outros aniversários irão ser comemorados. Com mais pompa e alegria, naturalmente.

PARABÉNS À CASA DO EDUCADOR! FELICIDADES PARA OS SEUS ASSOCIADOS!

O Presidente: Jaime Ribeiro


Outono-destaque

O Outono e a Vida

O tema escolhido para a tarde de terça-feira, 27 de novembro, estava enquadrado na estação do ano atual e pretendeu-se que houvesse uma ligação à vida: natureza, ambiente, idade, saúde…

Cardeal MendonçaA orientadora, profª. Rosa Duarte, iniciou a sessão falando de um acontecimento cultural: a atribuição do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva atribuído ao Cardeal José Tolentino Mendonça, no dia 23 de outubro no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian.  Citou a declaração dos membros do júri: “impressionados pela capacidade que Tolentino Mendonça demonstra ao divulgar a Beleza e a Poesia como parte do património cultural intangível da Europa e do mundo”.

HalloweenUtilizando o diálogo e a partilha de saberes explorou-se o tema. Referiram-se às transformações da natureza e do ambiente que nos rodeia; aos trabalhos agrícolas e seus cuidados e comparações entre o atual e antigo; às festas religiosas e pagãs que se realizarão, em breve, seus usos e costumes: Halloween ou Dia das Bruxas Conheça a verdadeira historia do Halloween – Sua origem, e o modo de festejarem.

Dia de todos os Santos – Festa religiosa cristã e suas vivências. Foi referida uma tradição que se realiza no nosso país e que tem-se vindo a perder: “O Pão por Deus”, recordou-se como, onde era mais festejado e os seus cânticos.

Dia dos fiéis defuntos ou Dias dos mortos – As tradições que devido à pandemia não poderão ser executadas por algumas das senhoras presentes.

Passou-se à leitura e breve análise de alguns poemas, entre eles este de Manuel Bandeira:

Crepúsculo de Outono

 I

O crepúsculo cai, manso como uma benção.

Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito...

As grandes mãos da sombra evangélicas pensam

As feridas que a vida abriu em cada peito.

II

O outono amarelece e despoja os lariços.

Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar

O terror augural de encantos e feitiços.

As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.

III

Os pinheiros, porém, viçam, e serão breve

Todo o verde que a vista espairecendo vejas,

Mais negros sobre a alvura unânime da neve,

Altos e espirituais como flechas de igrejas.

IV

Um sino plange. A sua voz ritma o murmúrio

Do rio, e isso parece a voz da solidão.

E essa voz enche o vale...o horizonte purpúreo...

Consoladora como um divino perdão.

V

O sol fundiu a neve. A folhagem vermelha

Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,

Flocos, que a luz do poente extática semelha

A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.

VI

A sombra casa os sons numa grave harmonia.

E tamanha esperança e uma tão grande paz

Avultam do clarão que cinge a serrania,

Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.

(A cinza das horas, 1917)

Terminou-se o dia a visionar o vídeo que se relaciona com o COVID 19

Rosa Maria Duarte

Covid 19


Celebrar Paula Rego

Categoria :Artes

ARTE  MODERNA

O MUNDO PICTÓRICO  DE  PAULA  REGO

Apesar desta sessão dedicada a Paula Rego se realizar somente agora, devido à pandemia, a CESViVER associou-se ao Museu da Presidência da República para celebrar e homenagear os 85 anos desta conceituada artista plástica, nascida no dia 26 de Janeiro de 1935, em Lisboa.

A Profª. Lourdes Mano começou por nos sensibilizar para a importância da Exposição intitulada «Da Encomenda à Criação - Paula Rego no Palácio de Belém», patente no Museu da Presidência da República, até ao dia 3/Maio, exposição esta que visava, entre outros aspectos, homenagear a consagrada artista plástica na celebração do seu 85.º aniversário.

Ficámos a saber que as obras «O Ciclo da Vida da Virgem Maria» e o retrato oficial do antigo Presidente da República, Doutor Jorge Sampaio, foram o ponto de partida para esta  mostra onde, pela primeira vez, foram expostos também, os três retratos que a artista pintou de Jorge Sampaio quando, em 2002, «durante uma visita ao Reino Unido, o Presidente da República, DR. Jorge Sampaio, convidou Paula Rego para criar um conjunto de obras evocativas da Vida da Virgem Maria», encomenda feita no âmbito do restauro da Capela do Palácio de Belém, dedicada a Nossa Senhora de Belém.

Projectadas muitas imagens das telas que constituem esta fabulosa Exposição, houve tempo para se abordar, entre muitos outros aspectos dignos de registo, as muitas exposições colectivas e individuais realizadas pelo mundo, os dados biográficos da pintora, técnicas e materiais mais utilizados ao longo do seu percurso, os movimentos estéticos mais representativos da sua obra plástica, sem esquecer de se referenciar as suas grandes influências e fontes de inspiração para uma obra tão vasta e magnífica, assim como, o prazer ou paixão da pintora para expressar artística e criativamente, grandes obras da Literatura Portuguesa e estrangeira.

A Profª. Lourdes Mano referiu também que o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, prestigiou esta nossa magnífica artista com a exposição «O Grito da Imaginação», patente ao público até 8 de Março, com uma mostra considerável de 36 obras desta artista.

Esta mesma colecção de obras - «O Grito da imaginação» - atualmente pode ser apreciada no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves.

Recordou-se a «Casa das Histórias Paula Rego», em Cascais, inaugurada a 18 de Setembro de 2009, cujos objetivos são a divulgação das obras da artista, ao mesmo tempo que a Fundação Paula Rego promove o estudo de toda a sua obra.

Ainda houve tempo para se abordar os prémios, distinções e condecorações recebidos. Assim, uma das últimas condecorações atribuídas pelo Governo Português, foi entregue pela Ministra da Cultura, Dr.ª Graça Fonseca, em 16 de Julho de 2019, no ateliê da pintora em Londres: «Medalha de Mérito Cultural» como homenagem e reconhecimento do seu fantástico trabalho ao longo de  décadas. Como sabemos, esta condecoração só é atribuída a personalidades que tenham realizado uma extraordinária contribuição em prol da Cultura e das Artes Nacionais.

Após esta sessão tão profícua e motivadora, ainda houve tempo de usufruir de momentos agradáveis e conversas sempre prazerosas.

MLMR

CESVIVER – Dias 20 e 22 de Outubro 2020

Paula Rego-Arte Moderna


Escritora Maria Teresa Horta

O Universo Literário de MARIA TERESA HORTA

Antes da sessão propriamente dita, a Profª. Lourdes Mano dedicou os primeiros momentos do nosso reencontro a saudações calorosas, à alegria do recomeço das atividades da CESVIVER e à formulação de votos de muita saúde com dias plenos de esperança e fé em tempos mais agradáveis e promissores de boas-novas.

A propósito da pandemia que nos “invadiu”, a Profª. recorreu a diapositivos para observarmos algumas obras de Arte Urbana criadas por Vhils e AkaCorleone, em homenagem aos médicos e enfermeiros do nosso País e que têm estado na linha da frente contra este flagelo do Covid.19. Mostrou ainda imagens do mural «Coexistência», criado pelo prestigiado artista brasileiro Eduardo Kobra onde, num ato de fé e esperança, pintou 5 crianças em oração, representando os cinco continente e, simultaneamente, as cinco maiores religiões.

Como no passado dia oito foi anunciado o Nobel da Literatura/2020, a Profª. presenteou todos os presentes com dois poemas da poeta Louise Glück, laureada este ano.

No âmbito de «Um Livro, Uma Companhia» retomámos as sessões, desta vez dedicada a Maria Teresa Horta.

Recordado o seu percurso de "jornalista, escritora e uma das mais conceituadas poetas da moderna Poesia Portuguesa, Maria Teresa Horta”, lutou sempre pela Liberdade.

Feminista, insubmissa, é uma das poucas poetas portuguesas a afirmar desde sempre na sua escrita, o corpo e a sexualidade feminina.

É autora de obras polémicas, como «Ambas as Mãos sobre o Corpo» - considerado uma obra-prima pelo Dr. Eduardo Prado Coelho - «Minha Senhora de Mim» e «Novas Cartas Portuguesas», livro este escrito também com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, autoras que passaram a ser internacionalmente conhecidas como “As três Marias” e que escandalizaram o Portugal puritano e hipócrita da época da ditadura Marcelista, voltando a enfurecer a “moral e os bons costumes Salazaristas”.

Estas obras valeram à escritora um espancamento na rua, muitas ameaças, insultos e a quase prisão.

A Poesia é para Maria Teresa Horta uma urgência.

Ela própria se define dizendo: «Eu sou a minha poesia».

Além da Profª. Lourdes Mano ter mostrado vários livros da autora, apresentou um PowerPoint com destaque para vários poemas que foram lidos por todos os presentes, muitas fotos, artigos da imprensa, dados relativos à biografia, bibliografia, prémios e distinções atribuídos e até, alguns prémios que recusou.

Foram distribuídas três folhas de leitura contendo os seguintes Poemas:

- «MÃE»

- «VINTE E CINCO DE ABRIL» (Poema escrito em 2020) e

- «NOVAS CARTAS PORTUGUESAS» Poema que o Cavaleiro de Chamilly enviou no dia da sua partida, à freira Mariana Alcoforado.

O livro histórico «Novas Cartas Portuguesas», publicado em Maio/1974, foi emprestado à Biblioteca da CESVIVER para ser usufruído por quem desejar ler ou reler esta obra, ficando assim como obra que integra as leituras de «Um Livro, Uma Companhia».

Aliás, as «Novas Cartas Portuguesas» foi a obra representante de Portugal e recomendada como leitura deste Verão, pelo projeto «Leitores da Europa em cooperação com a Biblioteca de Council of the European Union».

Após terminar a sessão, continuámos a usufruir das conversas agradáveis entre todos nós, juntamente com o enorme prazer de nos revermos aqui, na CESVIVER.

MLM


Intervenção do Psicólogo

Categoria :Psicologia

CESVIVER – Encontros de 6 e 8 de outubro de 2020

Nos encontros de início de atividades, com a solenidade que as restrições impostas pela pandemia, pareceu importante meditar um pouco sobre os tempos que, desde março temos vivido e que aprendizagens fizemos que nos permitam, nos tempos próximos, viver Melhor e com melhor Qualidade.

- A primeira, está associada à nossa própria Vida – Sim, felizmente estamos vivos! Muito embora, alguns de nós ainda estejamos a passar por tempos de luto, perda e tristeza, devido à ausência temporária ou definitiva de familiares, amigos ou conhecidos, ou por termos vivido demasiado tempo de isolamento, solidão e verdadeira clausura, a verdade é que continuamos a pensar, respirar, ler, caminhar e realizar um sem número de atividades quotidianas. Assim sendo, entendemos que a Vida pode e deve ser Vivida com Vontade, Determinação e Amor

- Uma outra aprendizagem é o quanto devemos estar atentos não só aos cuidados a ter com a da nossa Saúde Física, mas igualmente, quanto à nossa Saúde Mental. Assim, sem cansar muito, neste nosso primeiro encontro, destacamos alguns pontos relacionados com Bons Hábitos de Vida que numa próxima oportunidade, nos propomos desenvolver com algum detalhe:

- Levantar Cedo

 - Visualizar o dia

 - Beber a Água necessária e cuidar da Alimentação Saudável

- Perseguir os Sonhos

 - Estabelecer Relacionamentos Saudáveis (não Tóxicos)

- Aprender algo de novo

- Sorrir, ser Simpático/a

 - Dar / Receber /Agradecer

- Fazer o que gosta

- Celebrar as Vitórias

Pensemos nisto e até um próximo encontro

Vítor Vitorino

08 – 10 -2020


Cesviver-Receção

Categoria :Cesviver

CESVIVER - Terças e Quintas

Realizou-se nesta última terça-feira e hoje quinta-feira, respetivamente dias seis e oito de outubro a receção aos aderentes que se inscreveram para assistir às intituladas “Terças-feiras na CESVIVER”.

Foram dois grupos distintos, mas os assuntos tratados seguiram a mesma ordem.

No início das sessões o Sr. Presidente da CES, prof. Jaime Ribeiro cumprimentou os presentes e desejou um bom ano.

A orientadora destas tardes, prof.ª Rosa Maria Duarte, deu a conhecer as regras a que estariam sujeitos os aderentes para a frequência das atividades.

Através do diálogo foi-se sabendo como passaram estes tempos de pandemia. Referiram-se aos medos, à falta de diálogo, ao isolamento, à saudade…

Para quebrar este momento foi pedido a alguns para lerem três poesias de diferentes autores e procedeu-se a uma breve reflexão sobre as mesmas.

Não se podendo realizar a tradicional festa de aniversários dos aderentes, cantou-se a quem estava presente na sala a canção de parabéns.

Foi a vez do convidado, o nosso amigo Dr. Vitor Vitorino, tomar da palavra para se referir ao Amor. Sobre a sua intervenção será o próprio a relatar-nos.

Todas e todos os presentes saíram agradados e gratos por terem voltado ao espaço que lhes é querido.

Rosa Maria Duarte


CHI TERAPIA

Categoria :Chi Terapia

Na terça-feira, 06 de outubro, iniciaram-se as aulas de Chi terapia do projeto CESVIVER.

Esta atividade tem como   orientador o nosso amigo professor António Santos. Participaram na aula 4 aderentes, número máximo autorizado de acordo com as normas e o espaço.

Para o ano letivo 2020/2021 (se tudo correr dentro da possível normalidade), realizar-se-á uma vez por semana, às terças-feiras das 10h00/11h00.

O professor programou para este ano os seguintes exercícios:

  • 12 movimentos de vitalidade de Chi Kung
  • Forma 8 de Yang Tai Chi
  • Forma Ney Jia
  • Forma de leque.

Antes de ser iniciada a sessão o Presidente da CES, prof. Jaime Ribeiro e a Diretora Executiva do CESVIVER, prof.ª Rosa Duarte cumprimentaram os presentes, agradeceram e desejaram um bom ano letivo.

De seguida iniciou-se a aula ao som de música relaxante e propícia ao silêncio e à realização dos exercícios.

À saída podíamos ver a satisfação no rosto das alunas e ouvir palavras de regozijo.

Bem-haja professor António Santos!

Rosa Maria Duarte


Comunicação da Cesviver

Categoria :Informação

Apesar da situação que se vive a nível do país, com incertezas e receios devido ao Coronavírus, e certos de que estamos a fazer o nosso melhor quanto ao cumprimento das regras implementadas pela Direção Geral de Saúde, a Comissão Executiva da CESVIVER apoiada pelo seu Presidente prof. Jaime Ribeiro e pela respetiva direção da CES decidiu começar o ano letivo 2020/2021 no início do mês de outubro.

Porque habitualmente o número de aderentes que nos procuravam era superior ao permitido atualmente na sala, optou-se por formar dois grupos: terça e quinta-feira, e para que funcionasse o melhor possível contactaram-se os aderentes no sentido destes se  inscreverem  a fim de participarem nas atividades ao longo do ano.

Esta mudança de regras contraria um pouco o que está inerente a este projeto, no entanto foi a solução encontrada para responder a quem nos ia pedindo para voltar e porque não queríamos que acontecesse a situação menos desejável, de não ter lugar.

Não é agradável nem para quem dirige, nem para quem nos tem vindo a procurar ao longo destes 12 anos da vida deste projeto em que tinham a liberdade de vir se necessitavam de estar, ouvir, aprender ou apenas conviver.

Não deixaremos de ir dando notícias através do nosso email, site, Facebook ou pelo telefone.

Esperamos que compreendam as nossas decisões e exigências e que seja mais rápido do que pensamos o regresso ao nosso antigo modo de trabalho.

Deixo-vos com uma frase de que gosto:

«Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ONTEM e o outro se chama AMANHÃ, portanto HOJE é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente Viver.»

Dalai Lama

A Diretora executiva do CESVIVER

Rosa Maria Duarte